Conheça um aminoácido que pode ajudar no combate a depressão, ansiedade e melhorar o sono e seu humor!
Você já ouviu falar em problemas como a depressão, os transtornos bipolares, as alterações repentinas de humor, baixa autoestima, entre outros problemas de ordem psicológica, não é mesmo? Apesar de psicológicos, não podemos desconsiderar os aspecto fisiológicos dessas doenças. O triptofano é um aminoácido que pode ajudar no combate a estas doenças, desde que ele esteja em boas quantidades e com seus elementos secundários.
Entre os muitos aminoácidos codificados pelo código genético humano, um deles é o triptofano, um componente das proteínas de seres vivos e que desempenha papéis fundamentais no corpo humano e que podem estar relacionados tanto com a saúde quanto com a performance. Vamos conhecer melhor este aminoácido e entender como ele pode ajudar no tratamento de algumas doenças.
As principais funções do triptofano
Entre as principais funções do triptofano, estão processos relacionados a produção de neurotransmissores, que são espécie de “sinalizadores” que o tecido nervoso utiliza para promover diversos eventos no corpo. Sendo assim, sem uma disponibilidade significante de triptofano, torna-se impossível uma execução correta dos processos nervosos e isso pode levar a inúmeros distúrbios no corpo, especialmente os relacionados aos distúrbios serotoninérgicos (serotonina). Esses distúrbios podem ocorrer também por deficiências enzimáticas, deficiências em transportadores e/ou receptores de serotonina ou em cofatores ausentes. Os resultado de muitos desses transtornos estão relacionados à mudanças de humor, quedas de humor, transtornos compulsivos obsessivos e etc.
Também pode auxiliar na síntese proteica e auxiliar na secreção de insulina e do hormônio do crescimento.
O triptofano é essencialmente utilizado pelo cérebro como matéria prima da produção de serotonina, um neurotransmissor relacionado com o humor e sensação de bem-estar. Essa utilização é dependente de niacina e também de magnésio, pois sem estes dois elementos, a produção da serotonina pelo pode ser prejudicada.
Características do triptofano na nutrição
A ingestão de triptofano se dá pela dieta, porém níveis elevados de alimentos que contenham triptofano não elevam significativamente seus níveis no corpo, pois a competitividade entre outros aminoácidos torna-se existente, fazendo com que boa parte dele não seja aproveitada.
Quando se tem uma dieta para aumentar a disponibilidade de triptofano ao corpo, pode-se objetivar alguns pontos, entre eles:
- Melhora em quadros de depressão, pelo aumento nos níveis de serotonina no corpo;
- Diminuição e prevenção do estresse oxidativo no corpo, na medida em que auxilia na redução do cortisol e marcadores de estresse bioquímicos;
- Auxílio no sono, para pessoas que sofrem de ansiedades, insônia e outros distúrbios dessa natureza;
- Diminuição da hiperatividade, uma vez que estudos associam sua diminuição com o aumento do estado “ativo” do corpo;
- Melhora do humor, pois a serotonina é extremamente relacionada com sensações de bem-estar e de plenitude.
Baixos níveis de triptofano podem causar alguns problemas, como: insonia, depressão, ansiedade, impulsividade, irritabilidade, falta de concentração e etc. Por isso devemos ficar atentos a sua ingestão e evitar que sua absorção seja diminuída pela competitividade com outros aminoácidos.
Os BCAAs e o triptofano
Apesar de todos esses benefícios já mencionados, o triptofano é um dos aminoácidos responsáveis na sinalização de fadiga central, pois existem dois tipos básicos de fadiga: Periférica (com ausência de componentes energéticos no músculo e diminuição do pH no músculo) e a fadiga central (no sistema nervoso central). Assim, o triptofano tem os mesmos transportadores do que os BCAAs (aminoácidos de cadeira ramificada). Com o consumo de BCAAs, a competitividade de triptofano X aminoácidos de cadeia ramificada costuma ocorrer, sendo que os BCAAs podem adentrar na barreira e fazer com que os níveis de captação de triptofano sejam menores.
Essa é uma das principais razões pelas quais esportistas de diversas modalidades se beneficiam com os BCAAs.
Quais são as melhores fontes de triptofano?
Como citado, elevar demais alimentos ricos em triptofano não adiantarão, pois ele sofrerá inibição. Porém, pessoas com deficiência nele, devem atentar-se ao consumo de alimentos que possam fornecer quantidades boas do aminoácido como leguminosas, peixes, peru carnes, ovos, leites e derivados, nozes, castanhas, chocolate amargo, levedo de cerveja e etc. Não é porque o consumo excessivo de triptofano não aumenta significativamente os níveis do aminoácido no corpo, ou mesmo justificam que ele vá para a via de metabolismo para ser convertido em serotonina, que não devamos atentar-nos à dieta, pois sua falta é prejudicial e leva a quadros de carência.
Obviamente, eles devem estar associados a uma dieta coerente a fim de que outros nutrientes que são cofatores na produção de serotonina não faltem, no caso a niacina e o magnésio.
Ele também pode ser suplementado, porém ele só deve ser usado desta forma se a alimentação não conseguir suprir as necessidades ou então se os alimentos ingeridos estiverem competindo muito para que o aminoácido chegue ao sistema nervoso central. De qualquer forma deve sempre ser seguida a orientação de seu médico/nutricionista.
Quais são as quantidades necessárias de triptofano?
As quantidades hoje recomendadas giram em torno de 1 (um) a 6 (seis) gramas de por dia, segundo aNatural Medicine Journal. Porém, estudos já elucidam um consumo de 1 (um) a 15 (quinze) gramas por dia, principalmente para quadros depressivos, o que não vai de acordo com a informação de que a elevação excessiva de triptofano na dieta não tenha real eficácia e o que nos faz pensar que os mecanismos de regulação do triptofano podem ser tidos como individuais.
Conclusão:
Contudo, podemos concluir que o triptofano é um aminoácido essencialmente importante para o corpo humano, especialmente para ser substrato para a produção de importantes neurotransmissores, como a serotonina.
Dietas com deficiências nesse aminoácido ou mesmo deficiência em algum ponto do metabolismo desse aminoácido podem estar associadas a problemas físicos e psicológicos os quais irão requerer uma atenção especial na dieta e/ou na suplementação do mesmo.
Todavia, o excesso do aminoácido em questão não apresenta benefícios, sendo o equilíbrio a forma mais coerente de ingerir triptofano.
Artigo escrito por Marcelo Sendon (@marcelosendon)
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