segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Corrida e Musculação “conheça as razões para unir as duas práticas”


A corrida de rua tem ganhado cada vez mais adeptos. Entre os maratonistas brasileiros, o número cresceu 40% entre 2009 e 2014, segundo pesquisa realizada pelo corredor e estatístico dinamarquês Jens Jakob Andersen. Democrático, o esporte tem se tornado uma alternativa acessível para quem pretende incluir atividades físicas no dia-a-dia sem encarar o ambiente da academia. Mas, para quem busca melhorar seus índices e proteger-se de lesões, incluir a musculação na agenda deve torna-se uma realidade.
O educador físico e sócio-proprietário da Personal Work, Claudio Lafemina, acredita que aliar as duas atividades só traz benefícios: “A musculação melhora a economia de corrida, ou seja, o atleta precisar de um esforço menor para cumprir o percurso; prepara a musculatura para os treinamentos, protegendo ossos e articulações contra lesões; ajuda na manutenção dos músculos; melhora o desempenho de modo geral e aumenta ainda o metabolismo.”
Ele explica que duas ou três sessões de musculação por semana são suficientes para preparar a musculatura para o impacto da corrida. Os músculos das coxas (tanto anteriores quanto posteriores), panturrilhas, glúteos, músculos lombares, das costas e abdominais devem ser os principais focos da atividade. “É importante também que se trabalhe o corpo de uma forma global para manutenção da massa muscular e equilíbrio entre membros superiores, inferiores e melhora da postura”, acrescenta o educador.
A intensidade dos exercícios deve se adaptar aos objetivos de cada atleta bem como ao tipo de prova e faixa etária. De modo geral, o indicado é dividir período de treinamento três partes: básica ou preparatória, na qual se trabalha mais volume do que intensidade; fase competitiva, na qual se trabalha mais intensidade do que volume e fase transitória, quando se diminui tanto o volume quanto a intensidade do treinamento ou até mesmo praticando outras atividades que não a corrida, servindo como descanso ativo.
Nessa fase, é possível ainda incluir novas atividades como exercícios funcionais e Pilates que propiciam a melhora da flexibilidade, postura e gesto esportivo, como a pisada e o posicionamento do corpo durante a corrida. Caso o atleta tenha disponibilidade, é permitido utilizar esse tipo de atividade também durante as outras fases do treinamento, porém, é preciso ficar atento para não exagerar no volume e intensidade do treinamento, alerta Claudio. Os exercícios podem ser ainda, uma alternativa de fortalecimento muscular para quem não se adapta ao ambiente da academia.

“a academia deve ser aliada do corredor de rua preparando a musculatura e prevenindo lesões”

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