Fabíola Cunha
Uma das críticas mais comuns a respeito de dietas é que elas são padronizadas e não respeitam as diferenças entre os seres humanos. Pois a dieta genômica propõe justamente a personalização total da alimentação.
Essa estratégia entende que cada organismo lida com os alimentos de formas diferente. Isso tem base nas informações oferecidas pelo material genético de cada pessoa.
O que a dieta propõe?
Para oferecer um cardápio que promova mudanças, é preciso entender as peculiaridades e necessidades de cada um. Como o corpo de um indivíduo reage à ingestão de carne vermelha e leite pode ser totalmente diferente de outro.
Seja para emagrecer, ganhar massa muscular ou engordar, é preciso entender os genes. Descobrir o perfil genético da pessoa é o primeiro passo.
Claro, essa não é uma dieta que pode ser feita sem o acompanhamento de um médico ou especialista no assunto. Mesmo porque os exames devem ser solicitados de forma detalhada.
Metabolismo, acúmulo de gordura, deficiência de absorção de nutrientes – tudo isso varia de corpo para corpo. Exames de genômica nutricional fornecem informações importantes. Entre elas como o corpo está programado para reagir aos alimentos e também aos exercícios.
Sabendo como o corpo processa proteínas, carboidrato e gorduras, é possível recomendar uma dieta com mais ou menos de cada um desses itens.
Quais são os exames da dieta genômica?
Os exames para conhecimento do DNA são feitos com a coleta de saliva ou sangue. Duas das opções possíveis no Brasil são o exame Pathway fit e o Genômica Nutricional.
Eles apontam que tipo de exercícios e quais os alimentos mais benéficos para a pessoa. São exames complexos, cujo preço fica na casa dos R$ 2 mil.
O preço pode assustar e, portanto, o tratamento não é indicado para quem quer reduzir apenas alguns quilos na balança. Com o conhecimento sobre como o corpo lida com alimentos e exercícios, a mudança é para sempre.
Os genes podem determinar não apenas quais nutrientes são melhor aproveitados, mas o nível de fome que uma pessoa pode vivenciar.
Ainda é preciso melhorar a estratégia
Um estudo de 2015 determinou 140 pontos do genoma humano que estão ligados ao excesso de peso. A obesidade não é resultante de um único gene.
Porém, ainda faltam estudos que comprovem a eficácia dessa abordagem. A obesidade é reconhecidamente uma doença com múltiplas causas.
Quer saber mais sobre o assunto? Veja nossa matéria sobre como a genética influencia no emagrecimento.
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