quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Como não morrer fazendo supino

 

Se existe um exercício onde as pessoas correm mais riscos e fazem as coisas mais estúpidas, com certeza estaríamos falando do supino. O que a maioria das pessoas não sabem é que até mesmo pequenas negligências no supino podem gerar acidentes graves, e acredite se quiser, existem pessoas que morreram fazendo esse exercício (por pura besteira, mas morreram). Claro, isto é muito raro de acontecer; você pode fazer supino por um, dois, sete anos, mas basta um único dia pra tudo dar errado e você sair da academia com alguns dentes a menos. Com isto dito, veja algumas dicas extremamente simples, mas que podem eliminar quase que completamente os seus riscos de transformar o supino em uma guilhotina.

1 – Não use cargas que não são para você (leia antes de achar que é óbvio)

Você pode dizer que esta é a dica mais estúpida que existe, mas o principal motivo para as pessoas se acidentarem no supino é por uso de cargas abusivas (e egocentrismo). Para ilustrar como acidentes acontecem assim, vou contar uma historinha que aconteceu numa academia que treinei: lá existia um cara que levantava MUITA carga no supino, mas sempre com ajuda de um parceiro (e obviamente com o parceiro fazendo a maior parte da força). O tempo foi passando e a bizarrice continuou, até que um belo dia o parceiro dele faltou e ele precisou pedir ajuda para um desconhecido. O cidadão, como qualquer pessoa normal, achou que ele ia conseguir fazer algumas repetições antes de precisar de ajuda… Assim que a barra saiu do suporte a carga caiu praticamente em queda livre no peito do cara. Por algum milagre ele não se machucou (apesar de ter desaparecido depois disso), e ainda tentou culpar o cara por “não ajudar ele direito”.
Parceiro de treino serve para cuidar, e se for necessário, salvar você antes que ocorra a falha no supino. Se você precisa de assistência em todas as séries e/ou na maioria das repetições, você está usando uma carga que definitivamente não é para você ainda. Você está roubando o exercício, atrasando os próprios resultados e ainda se arriscando desnecessariamente.

2 – Evite a pegada suicida

Pegada suicida (esquerda) e pegada com polegar envolvendo a barra.
Pegada suicida (esquerda) e pegada com polegar envolvendo a barra.
Existem evidências que usar a pegada suicida pode auxiliar no recrutamento de músculos secundários e aumentar a carga usada no supino. Isto explicaria porque tantas pessoas se sentem melhor usando essa pegada no supino. Mas será que vale o risco ? Bem, o nome da pegada é “pegada suicida”.
E como falamos no inicio do texto, você pode fazer supino por anos, mas basta um único dia e um pouco de má sorte para acontecer algo como isso:

Como eu não gosto de passear de ambulância e muito menos de fraturas, eu prefiro usar a pegada com o polegar envolvendo a barra.

3 – Evite ultrapassar seus limites quando a academia estiver vazia

Tentar aumentar as cargas quando a academia está vazia é tentador para muitas pessoas, pois remove a pressão de estar sendo observado. Contudo, as chances de acontecer um acidente são maiores. Isto também não significa que você tenha que fazer um treino ruim porque está sozinho.

Se você está com medo de apertar o “play”, fique tranquilo, o cara não se machucou.
É possível treinar muito pesado chegando apenas perto da falha. Você pode usar técnicas de pré-exaustão para usar menos cargas e ainda sim atingir o peitoral com eficiência. A dica aqui é apenas evitarultrapassar o seu máximo justamente num dia que você está sozinho. Isto é burrice.
Em todo caso, se mesmo assim você tem medo de travar e ficar preso. Na pior das hipóteses, você pode fazer isso:

Ou isso (é o mesmo vídeo, mas em momento diferente):

Obviamente, você não pode usar presilhas na barra com o segundo método. E você não deveria estar usando presilhas mesmo, a não ser que sofra de Mal de Parkinson o peso não vai mexer.

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