domingo, 27 de dezembro de 2015

Estrias: os melhores tratamentos para combatê-las

 

Quase tão temidas quanto a celulite, as estrias estão na luta diária das mulheres na busca pela beleza e bem estar. Para entender como tratá-las, é importante primeiro entender como e porque elas aparecem.

Como surge e quais os tipos de estrias
melhores tratamentos para estriasA estria aparece quando há um rompimento da camada média da pele, a derme. As fibras elásticas presentes nessa camada se desconectam, deixando aquela aparência de estiramento da pele.
Qualquer pessoa que já teve ou tem estrias – e isso inclui a grande maioria das mulheres e também muitos homens – sabe que existem dois tipos aparentes delas: as vermelhas ou arroxeadas, mais iniciais e que indicam uma inflamação presente e as brancas, que indicam lesão mais antiga, crônica.
Na maioria das vezes, as lesões da estria ocorrem pelo estiramento da pele quando há crescimento rápido. Basicamente, as estruturas embaixo da pele (sejam elas músculo, camada adiposa, útero gravídico, colocação de próteses, etc) crescem tão rapidamente que a pele não consegue acompanhar essa velocidade, e aí as fibras elásticas que mantêm sua continuidade se rompem, causando a estria.
Assim, elas aparecem em diversos contextos: na hipertrofia muscular que ocorre em curto espaço de tempo, na gravidez, no ganho de peso, no estirão de crescimento da adolescência, etc.

Os melhores tratamentos para estrias

Atualmente existem muitos tratamentos para elas, e escolher entre eles pode ser uma tarefa difícil.
Primeiro, é importante saber que cada tipo de estria requer um tipo de tratamento. As vermelhas, iniciais, tem sua remissão com alguns procedimentos específicos e as mais antigas, brancas, requerem outros tipos de tratamento, normalmente mais invasivos.
Tratamentos tópicos
O uso de cremes tópicos é indicado para o tratamento das estrias enquanto elas ainda estão vermelhas ou arroxeadas.
A maioria dos cremes são compostos principalmente por substâncias hidratantes, que melhoram a elasticidade da pele e diminuem os efeitos da inflamação.
Alguns cremes mais eficazes contêm tretinoína tópica – também conhecida como ácido retinóico – e esses apresentam uma melhora substancial na aparência das lesões.
Tratamentos invasivos
Existem muitos – muitos! – deles.
Eles são mais eficazes no tratamento das estrias brancas, e a indicação de cada um deles depende da quantidade de lesões, do estágio em que elas estão e de quanto você pode gastar com o tratamento, já que alguns podem ser bem caros.
– Laser
Esse tratamento age nas moléculas de água da pele. Ao serem aquecidas, elas evaporam e causam microlesões na derme, que reage produzindo colágeno – um dos componentes danificados quando a estria aparece. Essa técnica é bastante dolorosa, por isso é importante aplicar anestésicos e jatos de ar para aliviar a sensação.
– Luz intensa pulsada
Tem o mesmo objetivo que o laser – produzir colágeno – a diferença é que esse tratamento atua nos vasos sanguíneos, que são estimulados quando a luz os atinge. O problema desse tratamento é que ele não funciona muito bem para as estrias brancas, mas tem resultado satisfatório nas vermelhas.
– Peelings de ácido retinóico
Não é tão invasivo, pois consiste na aplicação, após uma raspagem prévia da área afetada, de cremes com ácido retinóico que têm ação renovadora. Apesar de não ter tanto efeito quanto o laser, tem o benefício de ser bem mais barato e acessível.
– Dermoabrasão
Em termos leigos, ele tem o efeito de “lixa” e remove a camada superficial da pele, retirando as cicatrizes da estria e obtendo um resultado bom.
– Carboxiterapia e técnica de subcisão
Elas são parecidas, pois as duas consistem na inserção de uma agulha na cicatriz da estria. O vai e vem da agulha causa microlesões, que estimulam a regeneração e a produção de colágeno. Na carboxi, é ainda infundido CO2 na lesão, que também tem esse efeito de regeneração celular. Por ser invasivo, pode deixar hematomas na região logo após as sessões.

– Radiofrequência
Pode ser considerado o tratamento mais indolor, porque é baseado no envio de ondas de radiofrequência no local da lesão, que leva ao aquecimento e a estimulação das células para sua regeneração.
Alguns tratamentos para estrias pouco conhecidos podem ser vendidos como milagrosos, mas é importante conversar com o seu dermatologista para verificar a sua autenticidade e checar qual o melhor tratamento para cada tipo de pele.
Referências:
Striae distensae: a comprehensive review and evidence-based evaluation of prophylaxis and treatment.
Al-Himdani S1, Ud-Din S, Gilmore S, Bayat A. Ncbi.nlm.nih.gov
Striae distensae are characterized by distinct microstructural features as measured by non-invasive methods in vivo.Bertin C1, Lopes-DaCunha A, Nkengne A, Roure R, Stamatas GN
Superficial Dermabrasion Versus Topical Tretinoin on Early Striae Distensae: A Randomized, Pilot Study.
Hexsel D
1, Soirefmann M, Porto MD, Schilling-Souza J, Siega C, Dal’forno T.

Nenhum comentário:

Postar um comentário