O conhecimento sobre a coluna, seu funcionamento e suas patologias é indispensável a qualquer profissional que trabalhe com movimento, mais ainda quando o movimento está associado a sobrecargas, como a musculação.
A coluna cervical é uma estrutura que está envolvida com o processo de sustentação e movimento da cabeça, além da proteção de estruturas neurais e vasculares. Existe uma estimativa que diz “que a coluna cervical seja mobilizada por mais de 600 vezes por hora”.. Ou seja, gafanhoto, você mexe sua coluna cervical mais de 6 vezes por segundo!!!!
Constituída por 7 vértebras, sendo as duas primeiras com funções um pouco distintas das demais, são o ATLAS a primeira (C1) e o AXIS a segunda (C2). O Atlas se articula com a base do crânio, sem corpo vertebral e o Axis forma uma espécie de pivô sobre o Atlas chamado de processo odontóide, mecanismo que permite que a articulação atlanto-axial efetue a rotação do crânio. Entre as duas primeiras vértebras não existe disco intervertebral, são separadas e sustentadas por ligamentos internos. Na imagem abaixo é possível ver as posições das vértebras:
No assunto de hoje falarei um pouco sobre as CERVICALGIAS, dores na cervical! Essas dores podem surgir com algumas queixas inespecíficas, como cefaleias (dores de cabeça) e mialgias (dores musculares) difusas até quadros nítidos de mielorradiculopatias que diz respeito a alguma disfunção com a medula espinhal: sendo normalmente um estágio avançado de doenças na coluna cervical. É muitas vezes detectada pela dificuldade de caminhar devido a uma fraqueza generalizada ou a problemas com o equilíbrio e a coordenação, gerando então uma importante impotência funcional.
Dores na Cervical e possíveis Causas
Gafanhoto, entenda que temos que ter em mente inúmeras patologias que podem acometer a coluna cervical: Traumatismos, inflamações, processos degenerativos entre outros… A cervicalgia na era moderna vem aumentando significativamente, sendo considerada um dos grandes problemas da sociedade.
Durante o processo de envelhecimento, ocorre uma redução na quantidade de água no núcleo do disco intervertebral e uma menor elasticidade e compressibilidade do disco, tais alterações tornam o disco propenso a rupturas, podendo produzir hérnias discais com compressões radiculares. Esse processo de envelhecimento provoca uma degeneração que se caracteriza ainda por formações ósseas (artrite/artrose), diminuindo a altura do disco e provocando esclerose subcondral. Na imagem abaixo fica evidente a diferença entre uma coluna Normal e uma com Artrose:
A Esclerose subcondral é uma doença que afeta ossos e articulações das pessoas com osteoartrite. A pessoa com esclerose subcondral causa dores articulares e imobilidade decorrente de um aumento de massa e densidade óssea em uma camada fina embaixo da cartilagem das articulações.
Analisando o fato de termos um grupo de patologias com aspectos multifatoriais, fatores de risco individuais de caráter físico, ergonômico, de atividades laborais e até psicossociais fica difícil traçar uma prevalência do perfil dessas dores, contudo a análise postural desenvolvida por quaisquer um dos itens citados anteriormente pode ser o ponto de partida para se descobrir as razões das dores.
Pensando na coluna como um todo, temos mais reclamações de lombalgias do que cervicalgias, isso porque a porção lombar da nossa coluna sustenta e suporta maiores sobrecargas gerais do que a região cervical, na maioria dos casos.
Qualquer que seja a cervicalgia, devemos avaliar também no sentido de identificar a causa da dor que pode ser mecânica, reumática, infecciosa, lesões inflamativas ou tumores, doenças endócrinas, doenças metabólicas, doenças hereditárias, doenças neurológicas, doenças psiquiátricas, entre outros fatores…
Qualquer que seja a cervicalgia, devemos avaliar também no sentido de identificar a causa da dor que pode ser mecânica, reumática, infecciosa, lesões inflamativas ou tumores, doenças endócrinas, doenças metabólicas, doenças hereditárias, doenças neurológicas, doenças psiquiátricas, entre outros fatores…
Pensando nas cervicalgias mecânicas, temos as causas mais comuns vindas da tal da postura…
Veja que interessante gafanhoto, por uso excessivo da musculatura paravertebral você pode ter uma dor secundária na região cervical ou ainda pode ter essa mesma dor secundaria vinda de um dano ou deformidade na região, como uma hérnia discal por exemplo.
Como citei acima o fator POSTURA é algo a se analisar de forma precisa. Existem evidencias de cervicalgias relacionadas diretamente a posturas fixas e prolongadas que geram uma curvatura exagerada do tronco, flexão cervical acentuada ou retificada durante as mais diversas atividades do dia a dia, incluindo o treinamento.
É possível tratar as Dores na Cervical?
De certo modo sim, e é simples gafanhoto, o que você precisa é de uma avaliação onde exista a análise completa das fatores causais e da sua postura, onde o profissional tenha capacidade de “descobrir” os fatores que estão influenciando as Dores na Cervical, vinda possivelmente por uma postura errônea e elabore um treinamento capaz de “colocar as coisas nos lugares”, ajustando as dominâncias musculares, seus encurtamentos, suas forças, etc… Resumindo, ajustar toda tensegridade não somente da região cervical mas de tudo que ali pode estar influenciando, e isso começa lá nos pés…
Por fim, vimos de forma bem superficial a formação óssea da nossa coluna cervical e podemos concluir que uma cervicalgia pode ter inúmeras causas e isso deve ser analisado por várias especialidades: médicos, fisioterapeutas e profissionais de educação física… Contudo a maior incidência dessa dores na cervical são proeminente de padrões alterados de postura e isso pode e deve ser ajustado com uma reeducação postural e treinamento específico!
Gafanhoto, esteja acompanhado de pessoas que sabem o que fazem, seu corpo é seu maior bem material!
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